O Brasil formalizará sua adesão ao OGP
(Open Government Partnership) na próxima terça-feira (20/08), uma
iniciativa internacional formada inicialmente por oito países
signatários que tem o objetivo de assegurar compromissos de governos nas
áreas de promoção da transparência, luta contra a corrupção,
participação social e de fomento ao desenvolvimento de novas
tecnologias. Segundo Delfino Natal de Souza, secretário de Logística e
TI do Ministério do Planejamento e Gestão, esta é uma das iniciativas
que estão sendo tocadas em Brasília com objetivo de otimizar o potencial
democrático da Internet 2.0, incluindo as redes sociais.
A própria secretaria tem exemplo de emprego da Internet, inclusive
das mídias sociais, como suporte à cidadania. Logo depois de assumir o
cargo, em maio, Souza recebeu a solicitação de agilizar o encaminhamento
ao congresso de informações sobre contribuições ao texto do marco civil
da Internet em consulta há cerca de dois anos. “O argumento que mais me
deu a segurança de que o texto era democrático foram as 20 mil visitas
cadastradas no portal do governo eletrônico, resultando em mais de 2 mil
contribuições consolidadas”, afirmou. Além da cobertura da mídia, a
participação de tuiteiros, segundo ele, foi fundamental para a produção
do resultado realmente público.
Souza participou do painel sobre Mídias Sociais na Futurecom, que
contou ainda com Christian Gebara, vice-presidente de novos negócios da
Vivo; Ernani Uemura, diretor de desenvolvimento de novos negócios da
NEC; José Maurício Ferreira, da Tim; Marco Barcelos, diretor de
marketing da Cisco; Felix Guanche, diretor de marketng da Genbang; e
Flávio Mendes, líder de colaboração, portais e negócios sociais da IBM.
A chegada da mídia social às organizações, para os painelistas, já
não é mais nem questão de tempo, mas é só de maturidade. De um lado
estão aquelas com postura ainda só defensiva, apenas tentando
administrar possíveis crises como as originadas de reclamações
publicadas na rede, ou ainda cerceando o uso das redes sociais por seus
funcionários. De outro, empresas e entidades que usam redes sociais para
finalidades como branding, desenvolvimento de produtos, relacionamento.
E já começam a surgir exemplos de proveito. A Fiat movimentou
interessados em dar seus pitacos no desenvolvimento do novo Uno Mille. A
Vivo criou plataforma de portais para jovens com tarifa e conteúdo
especiais e, como patrocinadora oficial da Seleção Brasileira, no ano
passado promoveu show no Maracanã reunindo mais de 40 mil pessoas que
ganharam ingressos por meio do site “Eu vivo a Seleção”. A IBM está
dando um passo além da tecnologia. Fez acordo com a universidade
norte-americana de Yale para desenvolver capacidade analítica e extrair
informações que possam se transformar em ação, descreveu Flávio Mendes,
No governo federal, outras ações também estão em andamento. Um dos
exemplos apresentados por Souza é o portal dados.gov.br, que está em
fase beta e será um depositório de endereços dos dados espalhados pelas
diferentes organizações com um conjunto de ferramentas interativas e
abertas para seu uso. A perspectiva é de lançamento em dezembro.
http://itweb.com.br/47710/brasil-pretende-otimizar-potencial-democratico-da-internet-2-0/
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